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sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Fotografia digital

ipl-imagem

Tecnologia digital revoluciona a arte de fotografar

À distância de um clique...

Num mundo globalizado, mundializam-se também as tendências. Sejam elas da moda, da música, mas, também, da tecnologia, como é o caso da fotografia digital.No final dos anos 80 surgiu a grande revolução no registo de imagens: a câmara digital. A Sony foi pioneira com a câmara Mavica. Já, em 1998, foi apresentada pela marca Nikon uma máquina fotográfica digital topo de gama que permitia tirar fotografias com o tamanho máximo de 1280 por 960 pixéis (1.2 megapixels). Embora os limites de desempenho fossem bastantes, a partir de 2001 muitas pessoas começaram a optar por esta nova tecnologia para a sua utilização profissional ou pessoal, pois a qualidade havia atingido um nível satisfatório.Entretanto, a tecnologia digital não pára de evoluir, tornando-se cada vez mais acessível e utilizada por todos. As máquinas fotográficas digitais trazem consigo muitas vantagens. Uma vez que as fotos são armazenadas no formato digital não existe perda de qualidade com o tempo e esta é uma das vantagens. Sem falar da rapidez em ver o resultado final. Actualmente, as redacções dos jornais e vários fotógrafos da área da publicidade já produzem parte do seu material com esta tecnologia.
Uma das principais vantagens da fotografia digital é a possibilidade da pré-visualização e revisão das fotos. Outra das grandes vantagens é a possibilidade de poder passar as fotos para o computador.
Para Cristina Ferreira, responsável pela disciplina de fotografia do curso de Jornalismo e Ciências da Comunicação, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, o surgimento da tecnologia digital em Portugal, e no mundo, é positivo, dada a “dimensão global, no sentido temporal e espacial, que veio trazer à fotografia”.
Com preferência pelo processo analógico, Cristina Ferreira lembra que as constantes mudanças no mundo digital fazem com que os profissionais sejam cada vez mais exigentes em relação à nova tecnologia. “Aos profissionais de fotografia não basta dominar a técnica fotográfica mas é-lhes também exigido que permaneçam constantemente actualizados em relação aos avanços informáticos que influenciam e alteram, definitivamente, a técnica fotográfica”.
De uma forma geral, Cristina Ferreira afirma que há prós e contras em relação à fotografia digital. “Hoje em dia, o público pode fabricar as suas próprias imagens quase que de modo "caseiro" sem grandes gastos de tempo ou dinheiro. Por outro lado, na perspectiva dos laboratórios, foi externamente negativo, visto que os fotógrafos ficaram sem grande parte do seu ganha pão que residia na impressão de fotografias e venda de filmes fotográficos”.
“As vantagens da fotografia digital, em relação a de rolo, são do ponto de vista económico, pois são mais baratas; a facilidade com que podemos enviar as fotografias; a privacidade que é dada aos trabalhos, visto que não dependemos de ninguém para fabricar as imagens. (...) Chegámos a uma espécie de fast-food da fotografia”, delineia Cristina Ferreira.
Populares aderem à moda digital
António Cardoso de Oliveira é engenheiro, vive em Resende, utiliza máquinas digitais para os seus trabalhos académicos e diz preferir a tecnologia digital, “pois é mais flexível e por que nos possibilita visualizar o resultado final. Além da alternativa de poder transferir as imagens para o computador e enviá-las via internet de forma muito rápida”.
Já Ana Lopes reside em Vila Real e não tem máquina digital, já que “o seu interesse em fotografia é praticamente nulo”.Entretanto, a estudante afirma conhecer a tecnologia digital, destacando a “alta qualidade das fotos e a rapidez em ver o resultado final” como algumas das vantagens.Por seu turno, o radialista Pedro Fragueiro tem máquina digital há cerca de dois anos, apesar de utilizar o equipamento desde 1998. “Tive necessidade de comprar uma máquina digital devido a questões académicas e profissionais. Hoje em dia, não me imagino a trabalhar sem este equipamento. A grande vantagem está aí, é que com os modelos digitais basta ter um cabo e ligar a um computador para ter o resultado final. Em suma, trata-se de um processo rápido, eficaz e, acima de tudo, económico”, afirma Pedro Fragueiro.
Sonho de consumo com preço alto
Como todo sonho de consumo, este também tem o seu preço. E alguns “sonhos” custam mesmo muito dinheiro. Em Portugal, o preço dos equipamentos fotográficos digitais para o utilizador comum varia entre 169 aos 619 euros. Já as máquinas profissionais chegam aos 5.749 euros, havendo ainda preços mais altos dependendo da marca e dos apetrechos.
A tecnologia em números
De acordo com a Marktest, em 2004, mais de 1 milhão e 600 mil pessoas, em Portugal, com 15 e mais anos possuem máquina fotográfica digital. Uma análise evolutiva mostra como o crescimento tem sido notável nos três últimos anos, passando este equipamento de uma penetração de 7.7% em 2002 para 20% em 2004. Em média, o crescimento anual tem rondado os 62%.
O que é preciso saber?
Em linhas gerais, a câmara digital substitui o filme através de um semicondutor especializado chamado CCD (Charge-Coupled Devices – Dispositivo com acoplamento de cargas). Ele é composto por milhares de elementos fotossensíveis separados, organizados em uma grelha, que correspondem à forma do visor. Os raios de luz atravessam a objectiva e incidem no CCD, que converte a luz em impulsos eléctricos.
Assim, o CCD passa a informação da imagem analógico para digital através de um conversor que codifica os dados e os envia para serem armazenados em uma memória.
Qual é a melhor forma de obter boas fotografias?
A melhor luz natural para se fotografar é a da manhã e a do cair da tarde. Evite o meio-dia, pois existe uma grande diferença entre os tons claros e escuros, por exemplo, os rostos humanos ficam com sombras muito acentuadas.
Procure fotografar com a luz solar nas suas costas. Se não for possível, utilize flash para suavizar as sombras. Fotografe com o sol de frente para si, apenas se pretende criar silhuetas do motivo como, por exemplo, num pôr-de-sol.
Em dias nublados, as sombras são menos acentuadas. E os detalhes mais acentuados. Também à sombra se tiram boas fotografias, desde que se tenha o cuidado de compensar a medição da luz efectuada pela câmara.