Chanceler brasileiro defende consulado no Douro

O chanceler da Ordem Internacional do Mérito do Descobridor do Brasil Pedro Álvares Cabral e presidente da Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística, Galdino Cuchiaro (dir.), garantiu total empenho na instalação de um consulado brasileiro na cidade de Lamego. A garantia foi dada no Salão Nobre da autarquia lamecense durante a cerimónia de comemoração dos 32 anos do fim da ditadura fascista, em 1974.

De acordo com o chanceler, embora não tenha voto directo no assunto, a possibilidade está a ser estudada. “Utilizarei toda a influência que eu possa exercer do ponto de vista institucional (...) Tenho um sentimento de respeito e amor por Lamego muito grande. O que eu puder fazer para trazer o consulado para Lamego, tenham a certeza de que farei”, afirmou.

Em visita à região, este responsável, que celebra também os “506 Anos do Descobrimento do Brasil”, está a avaliar as possibilidades de a cidade de Lamego vir a receber, dentro de dois anos, uma representação diplomática ou consular da República Federativa do Brasil, cuja área de influência se estenda a todos os municípios da região do Douro e Trás-os-Montes.

Neste sentido, o chanceler, que esteve acompanhado do presidente da Associação Paulista de Imprensa, J.B. Oliveira, encontrou-se com várias personalidades da região, dentre as quais, o presidente da Câmara Municipal de Lamego, Francisco Lopes.

O mote da abertura do consulado, mesmo que à título honorário, é atender uma população regional de centenas de cidadãos brasileiros. Segundo dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), o distrito de Vila Real conta com 356 brasileiros residentes, enquanto que, no distrito de Viseu, residem 768 pessoas desta nacionalidade. A nível nacional, cerca de 29 mil cidadãos integram a comunidade brasileira, que é apoiada por dois consulados, um no Porto e outro em Lisboa.

Recorde-se que a hipótese da criação de um consulado do Brasil em Lamego foi levantada no dia 22 de Março, no Salão Nobre da Câmara Municipal local, pelo embaixador do Brasil em Portugal, Paes de Andrade, durante a apresentação do livro “História Constitucional do Brasil”, do qual é co-autor.