Imigrante português faz sucesso com fumeiros no Brasil
Pelas mãos de José da Fonseca, vários portugueses radicados no Brasil estão a ter a oportunidade de reviver uma das mais típicas tradições gastronómicas da sua terra natal.
Através de um processo caseiro, cheio de segredos, e debaixo do intenso calor do Rio de Janeiro, este português, de 75 anos, produz salpicões, alheiras e chouriços. Os principais consumidores desses enchidos são, para além de muitos brasileiros, portugueses, mas, também, luso-descendentes, que acabam por conhecer a tradição da terra dos seus pais de uma maneira bem saborosa.
Natural de Cetos, no concelho de Castro Daire, no distrito de Viseu, José da Fonseca vive no Rio de Janeiro há cerca de 53 anos. Chegou em terras brasileiras ainda jovem, aos 21 anos da idade, deixando para trás a “vida difícil” em Portugal. Logo ao chegar ao Brasil, foi obrigado a assumir várias profissões. Chegou a trabalhar numa pedreira, passando por uma casa de flores e pelo ramo dos vinhos.
Hoje em dia, ao lado da sua esposa Lídia Fernandes, leva uma vida calma na Vila Kosmos, na zona Norte do Estado do Rio de Janeiro. Actualmente está reformado e dedica parte do seu tempo à produção de enchidos, como o salpicão, chouriço e alheiras. Essa actividade teve início em 1990, de forma caseira e experimental, com o propósito de recordar os sabores da sua terra.
Embora não seja uma iguaria típica no Brasil, os enchidos acabaram por abrir o apetite a outros membros da comunidade portuguesa radicados naquela cidade. O sucesso foi tanto que, hoje em dia, surgem várias encomendas.
“Decidi fazer esses produtos por acaso, talvez por brincadeira. Mas as pessoas gostaram. Assim, hoje tenho muitas encomendas. Mas faço tudo por prazer. Não tenho os fumeiros como uma actividade comercial, mas sim pelo prazer de lembrar um pouco da culinária de Portugal”, recorda José da Fonseca.
Os seus produtos são já alvo de muita fama e preferência no seio daquela comunidade, despertando o interesse comercial por parte de restaurantes e clubes típicos portugueses e entre amigos. Os fumeiros chegam também às mesas de alguns países da América Latina e, mesmo, Portugal.
“Algumas pessoas levam os fumeiros para Portugal para comprovarem a sua qualidade e para que possam mostrar que, mesmo no Brasil, é possível encontrar um pouco da gastronomia portuguesa. Ouvi dizer, inclusive, que muitos lusitanos ficam espantados com a qualidade dos enchidos que produzo fora do nosso País”, conta José da Fonseca.
Encomendas ditam o ritmo da produção
Muito da sua produção é fruto das encomendas feitas todos os dias. O produto é vendido aos mais íntimos mesmo à porta da sua casa. O quilo do salpicão ou do chouriço custa 30 reais (cerca de 12 euros), enquanto que as alheiras são vendidas por 20 reais (cerca de 7 euros). Este responsável confessa ter muitas encomendas, sendo a maioria por parte de alguns transmontanos e durienses que vivem no Rio de Janeiro.
A publicidade dos enchidos é feita de boca em boca, o que é resultado da aposta deste imigrante, que pretende conquistar os seus “clientes” para que, através deles, outras pessoas saibam que, no Brasil, é possível encontrar produtos regionais portugueses feitos de forma caseira e natural.
Para que esta tradição se mantenha, este português recusa-se a industrializar o produto. “Produzo uma grande quantidade de enchidos, mas nunca pensei em industrializá-los, já que a produção caseira é parte do segredo da sua qualidade”, sublinha.
Mas outro segredo que José não revela diz respeito ao tempero utilizado para conservar os fumeiros, já que “a temperatura no Rio de Janeiro é muito alta, o que torna difícil a conservação dos produtos”.
Os enchidos “ganham forma” numa pequena quinta, onde está instalado todo o processo de produção e confecção dessas iguarias, tidas como “ouro”, num país onde a tradição recai sobre a feijoada e o churrasco. “Fazer salpicão em Portugal é fácil, mas quero ver fazê-lo no Brasil sob 40 graus de temperatura”, ironiza José da Fonseca, que garante não ter data para “deixar de lado” essa actividade, revelando, ainda, que o próximo desafio será fazer o presunto, “tal como ele é feito em Portugal”.
Apesar da dificuldade desta nova investida, a comunidade portuguesa que está a viver no Rio agradece a iniciativa deste imigrante amante da sua terra e, principalmente, fiel às tradições portuguesas, mesmo que elas tenham lugar a mais de oito mil quilómetros de distância da sua verdadeira origem.
Através de um processo caseiro, cheio de segredos, e debaixo do intenso calor do Rio de Janeiro, este português, de 75 anos, produz salpicões, alheiras e chouriços. Os principais consumidores desses enchidos são, para além de muitos brasileiros, portugueses, mas, também, luso-descendentes, que acabam por conhecer a tradição da terra dos seus pais de uma maneira bem saborosa.
Natural de Cetos, no concelho de Castro Daire, no distrito de Viseu, José da Fonseca vive no Rio de Janeiro há cerca de 53 anos. Chegou em terras brasileiras ainda jovem, aos 21 anos da idade, deixando para trás a “vida difícil” em Portugal. Logo ao chegar ao Brasil, foi obrigado a assumir várias profissões. Chegou a trabalhar numa pedreira, passando por uma casa de flores e pelo ramo dos vinhos.
Hoje em dia, ao lado da sua esposa Lídia Fernandes, leva uma vida calma na Vila Kosmos, na zona Norte do Estado do Rio de Janeiro. Actualmente está reformado e dedica parte do seu tempo à produção de enchidos, como o salpicão, chouriço e alheiras. Essa actividade teve início em 1990, de forma caseira e experimental, com o propósito de recordar os sabores da sua terra.
Embora não seja uma iguaria típica no Brasil, os enchidos acabaram por abrir o apetite a outros membros da comunidade portuguesa radicados naquela cidade. O sucesso foi tanto que, hoje em dia, surgem várias encomendas.
“Decidi fazer esses produtos por acaso, talvez por brincadeira. Mas as pessoas gostaram. Assim, hoje tenho muitas encomendas. Mas faço tudo por prazer. Não tenho os fumeiros como uma actividade comercial, mas sim pelo prazer de lembrar um pouco da culinária de Portugal”, recorda José da Fonseca.
Os seus produtos são já alvo de muita fama e preferência no seio daquela comunidade, despertando o interesse comercial por parte de restaurantes e clubes típicos portugueses e entre amigos. Os fumeiros chegam também às mesas de alguns países da América Latina e, mesmo, Portugal.
“Algumas pessoas levam os fumeiros para Portugal para comprovarem a sua qualidade e para que possam mostrar que, mesmo no Brasil, é possível encontrar um pouco da gastronomia portuguesa. Ouvi dizer, inclusive, que muitos lusitanos ficam espantados com a qualidade dos enchidos que produzo fora do nosso País”, conta José da Fonseca.
Encomendas ditam o ritmo da produção
Muito da sua produção é fruto das encomendas feitas todos os dias. O produto é vendido aos mais íntimos mesmo à porta da sua casa. O quilo do salpicão ou do chouriço custa 30 reais (cerca de 12 euros), enquanto que as alheiras são vendidas por 20 reais (cerca de 7 euros). Este responsável confessa ter muitas encomendas, sendo a maioria por parte de alguns transmontanos e durienses que vivem no Rio de Janeiro.
A publicidade dos enchidos é feita de boca em boca, o que é resultado da aposta deste imigrante, que pretende conquistar os seus “clientes” para que, através deles, outras pessoas saibam que, no Brasil, é possível encontrar produtos regionais portugueses feitos de forma caseira e natural.
Para que esta tradição se mantenha, este português recusa-se a industrializar o produto. “Produzo uma grande quantidade de enchidos, mas nunca pensei em industrializá-los, já que a produção caseira é parte do segredo da sua qualidade”, sublinha.
Mas outro segredo que José não revela diz respeito ao tempero utilizado para conservar os fumeiros, já que “a temperatura no Rio de Janeiro é muito alta, o que torna difícil a conservação dos produtos”.
Os enchidos “ganham forma” numa pequena quinta, onde está instalado todo o processo de produção e confecção dessas iguarias, tidas como “ouro”, num país onde a tradição recai sobre a feijoada e o churrasco. “Fazer salpicão em Portugal é fácil, mas quero ver fazê-lo no Brasil sob 40 graus de temperatura”, ironiza José da Fonseca, que garante não ter data para “deixar de lado” essa actividade, revelando, ainda, que o próximo desafio será fazer o presunto, “tal como ele é feito em Portugal”.
Apesar da dificuldade desta nova investida, a comunidade portuguesa que está a viver no Rio agradece a iniciativa deste imigrante amante da sua terra e, principalmente, fiel às tradições portuguesas, mesmo que elas tenham lugar a mais de oito mil quilómetros de distância da sua verdadeira origem.
24 Comentários:
Como contactar com o Sr.José da Fonseca para fazer encomendas?
preciso que me envie um e-mail a solicitar isso para ipl@sapo.pt
Sou um portugues que estou interessdo em contactar com o sr. José da Fonseca pelo que agradeço envio de telefone ou e-mail para o e-mail hufimoro@gmail.com ou pelo telefone 8399169387
Hugo Rodrigues
Esses produtos são de uma tradição milenar. As alheiras são inventadas pelos judeus fingidamente convertidos, no sec. 15, que não comiam carne de porco. As restantes são muito anteriores e remontam às primeiras cruzadas.
São produtos muito consumidos em Portugal.
GOSTARIA DE SABER COMO CONSIGO ENCOMENDAR CROURIÇO
MEU EMAIL
LILINABAIS@GLOBO.COM
mARLI MARQUES
Olá!
Gostaria de saber qualquer contacto do Sr. José da Fonseca para fazer encomendas...
Tel.ou morada.
Meu e-mail é solangealexandre@iol.pt
ou telemóvel: 91 692 1003
Sem Mais,
Solange Alexandre
Olá!
Gostaria de saber qualquer contacto do Sr. José da Fonseca para fazer encomendas...
Tel.ou morada.
Meu e-mail é solangealexandre@iol.pt
ou telemóvel: 91 692 1003
Sem Mais,
Solange Alexandre
Olá,Ígor Lopes,boa noite
Estou encantada com a matéria do seu blog sobre o imigrante
portugues que fabrica enchidos e fumeiros no RJ.
Temos uma casa na Serra abrindo em breve para alimentação
típica portuguesa e gostariamos muito do contato com o
Sr. José da Fonseca e sua esposa para que possamos
encomendar algumas peças para uso.
Poderia nos informar o contato dele ?
Quando inaugurarmos para publico, com certeza será
um dos nosso convidados ilustres.
A cozinha portuguesa é tipica de nossa familia,
na parte de doces,porem nos enchidos não temos
conhecimento.
Agradecemos por sua gentileza e atenção e
aguardamos seu comunicado,esperando que
possamos encontrar esse senhor fabricando
em quantidades que possam suprir a todos que
amam a culinária portuguesa como nós
Olá Igor, boa tarde! Poderá indicar-me por favor como conseguir o contacto para encomendar esses embutidos??? Agradeceria imenso, poderá enviar resposta para josemaratolobia@gmail.com. Obrigado, José Maria Lobato
olá Igor
por gentileza se possivel, me passe o endereço do sr Jose Fonseca para um contato de encomenda de chouriço
grato
Antonio carlos
Por favor o endereço do sr José ! Carlos.amarques@ig.com.br
Adoro alheiras!Gostaria do contato do Sr José da Fonseca. meu email: regpousa@ig.com.br
Obrigada!
Regina
gostaria de saber como encomendar. meu email marcuspauloldelima@yahoo.com.br
Bom dia, gostaria de poder contatar o sr. Fonseca. Envie, p.f. O contacto para joellucas_tm@hotmail.com , grato.
Boa tarde Sr.Igor favor informar-me o contato do Sr.José da Fonseca que produz alheiras e embutidos tipo portugueses.
Grato
Marcelo Rezende
marcelo@cotherpack.com.br
(32)8852-0585
Como contactar o Srº José para encomenda de alheiras. Meu email é wewbfatima@gmail.com. Aguardo resposta.
Boa tarde Sr.Igor solicito-lhe novamente informar-me o contato do Sr.José da Fonseca que produz alheiras e embutidos tipo portugueses.
Grato
Marcelo Rezende
marcelo@cotherpack.com.br
(32)8852-0585
BOA NOITE SR IGOR SOLICITO-LHE O CONTATO DO SR. JOSE DA FONSECA QUE PRODUZ EMBUTIDOS PORTUGUESES. GRATO
SONIA RODRIGUES
SONIMARCO2010@HOTMAIL,COM
21:51
Sou Português estou na Baia tenho um Restaurante Português e gostava de entra em contacto com o Sr Jose para compra enchidos , Como faço ? Favor enviar resposta para ; ruialcarrao@hotmail.com
Boa tarde, desejo saber o contato do sr.jose para que eu possa matar as saudades. Grato pela atenção.
Podem por favor me passagem por email o contato do produtor
Me chamo Manuel Costa e gostaria do contato do Sr. José da Fonseca. meu contato é: garrafeiraecia@gmail.com
olá Igor
por gentileza se possivel, me passe o endereço do sr Jose Fonseca para um contato de encomenda de chouriço
grato
Ola
Gostaria de saber como posso entrar em contato com o senhor José.
Meu email: luizfernando@rodoviarioboavista.com.br
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